Este jornal publicou
a estimativa da população atual de Paraopeba, segundo
dados fornecidos pelo IBGE. São 19.564 pessoas que viviam na
cidade e zona rural em 1998 o que demonstra o crescimento significativo
de quase 100% em 18 anos, pois pelo recenseamento geral de 1980, o
número de habitantes era de 10.836.
Fazendo-se
uma retroprojeção da variação populacional
da cidade, estima-se que por volta de 1950 existissem na sede
do município e zona rural cerca de 2.500 habitantes. Desses,
dentro de uma certa lógica, metade seria homens e, entre estes,
uma incrível porcentagem de Josés. Algo em torno de
8%, o que se constitui, convenhamos, em um índice bastante
elevado.
Eram Zés de todos os tipos e condições
sociais ou financeiras. Zés prefeitos, vereadores, profissionais
liberais, funcionários públicos, ruralistas, comerciantes,
industriais, operários, prestadores de serviço, estudantes,
mendigos, enfim gente das mais variadas atividades e qualificações.
Alguns, com idade avançada, já haviam
dado muito de si em benefício do progresso da cidade; vários,
mais novos, em plena capacidade física, ao lado de outros contemporâneos,
eram a base do desenvolvimento local e os demais, ainda jovens, deixavam
antever um futuro ainda mais promissor para a comunidade.
A maioria era natural do município mas Zés
forasteiros vieram se juntar a toda a população e num
esforço conjunto, colaboraram decisivamente para o desenvolvimento
local em todos os setores.
Muitos partiram para outros destinos ou mesmo outros
planos. Mas o esforço de cada um ficou marcado para que as
futuras gerações se espelhassem na sua determinação
e consolidassem seus ideais ao lançarem as estruturas básicas
para o progresso de uma cidade e até mesmo de uma região.
Nesta pesquisa relacionamos os Zés e seus derivados
(grafados como eram conhecidos à época) que nossa memória
foi capaz de catalogar, residentes em Paraopeba e zona rural, principalmente
no povoado de Vargem do Paga-Bem, onde o autor passou parte de sua
infância e juventude, no final dos anos 40 e princípios
de 50.
Eis a relação:
– Zé Capanema, Zé Baiano, Zé
Dalle, Zé Campolina, Zé Teófilo, Zé Polônio,
Zé Mutengo, Zé Guizo, Zé Comprado, Zé
Wandy, Zé Melodigo, Zé do Dino, Zé de Nenê,
Zé Branquinho, Zé Capeta, Zé Modesto, Zé Maurílio
do Otávio, Zé da Corina, Zé Nonato, Zé Guilherme,
Zé do Gido, Zé Heleno, Zé Sampaio, Zé Conrado,
Zé Gomes, Zé do Antonino Rocha, Zé Binga,
Zé Praxedes, Zé Luiz.
E mais:
– Zé Preto, Zé Henrique, Zé Pão,
Zé Candinha, Zé Leitão, Zé do Guache,
Zé Capuano, Zé Mingau, Zé do Gilu,
Zé Barbeiro, Zé do Adralino, Zé Dimas, Zé
Mosquito, Zé Gonçalves, Zé do Padre, Zé
Milito, Zé da Diogna, Zé Raio, Zé
do Higilo, Zé Maia, Zé Tolentino, Zé
Batista, Zé Maria Pedreiro, Zé Pindoba, Zé
Compadre, Zé do Banco, Zé Calango, Zé Petronilho,
Zé da Zu, Zé do Tão, Zé Polidoro.
Ainda:
– Zé Prego, Zé da Rita, Zé João,
Zé do Nemésio, Zé Ponciano, Zé Maurílio
do Padre, Zé Facão, Zé Rim, Zé Pequeno,
Zé Botelho, Zé Alves, Zé Camueca, Zé Catarino,
Zé Picolé, Zé Ribeiro, Zé Portápio,
Zé da Joaquina, Zé do Jorso, Zé Valu,
Zé Gato, Zé Campos, Zé Dimas Filho, Zé
Lamarão, Zé Ramos, Zé Coró,
Zé do Alfredo, Zé Manoel, Zé Cebola.
E os derivados:
– Zezinho da Tiola, Zezinho do SAPS, Zezinho de Sá
Maria, Zezinho do Mucambo, Zezinho da Inês, Zeca do Davi, Zezico
do Zé Gonçalves, Zezinho da Lilia, Zezico da Filó,
Zezinho Melodigo, Zezé do Embiruçu, Zezé de Elvira,
Zezé Melquíades, Zezé do Joaquim Cabo, Zezito.
Apesar do auxílio dedicado de colaboradores,
a quem agradecemos, é claro que há omissões na
elaboração da lista. Ressaltamos contudo nosso propósito
em homenagear a todos os Zés de Paraopeba, alicerces indiscutíveis
do progresso e desenvolvimento da cidade!